Amo a obra de Adélia Prado hoje completa 79 anos


"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre."

Adélia Luzia Prado Freitas (Divinópolis, 13 de dezembro de 19351 ) é uma escritora brasileira. Seus textos retratam o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e 
permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único.

Professora por formação, exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central.
Em termos de literatura brasileira, o surgimento da escritora representou a revalorização do 
feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-casa.

AMOR FEINHO
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.


Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.

Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:

eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho
.

Sidney Bechet - Si tu vois ma mère



Sidney Bechet com Claude Luter e sua orquestra tocando "Si tu vois ma mère" por Bechet, do álbum "Leurs Grands Succès Vol. 4", gravado em 1950.

google
Sidney Bechet (14 de maio de 1897 - 14 de maio de 1959) foi um americano jazz safonsta, clarinetista e compositor . 
Eu fui um dos primeiros solistas importantes no jazz (batendo cornetista
e trompetista Louis Armstrong  para o estúdio de gravação por vários meses e depois jogando duetos com Armstrong), e foi notável talvez o primeiro saxofonista de jazz.

Comunicar é remediar “A linguagem é perigosa”


Freud, Nietzsche, Barthes e tantos outros viam a linguagem como algo perigoso. O ato falho, a transvaloração dos valores, a semiótica, enfim, os significados que seguem, pulam e espirram do falado, deixam claro o perigo que existe na linguagem como expressão do que se deseja comunicar.
Comunicar é expressar. Comunicação pode ter dois aspectos: configuração expressiva do que se vivencia ou artefato criado para veicular o que não se consegue expressar, seja pela distância física, seja pelos parâmetros estabelecidos para comunicação. No segundo caso - como artefato - comunicação é a roupagem, consequentemente, é esconderijo do que precisa ser revelado.
Comunicar é neutralizar distâncias, mesmo que delas se utilizando. A neutralização de impedimentos requer construções, gera projetos, intenções.
Expressar o que se vivencia é reproduzir pensamentos e percepções através da linguagem (gestos, desenhos, pinturas, falas e escritos). Toda reprodução é uma cópia, tanto quanto, originais podem ser idênticos ao copiado. O que os diferencia escapa à sua expressão. Quando 
Heráclito fala que tudo é a realização de contrários e pensa no movimento de atirar com arco e flecha, onde o movimento para trás era o que permitia a propulsão da flecha, ele fala da direção buscada como contrária ao movimento realizado. 
O movimento para trás, apoio no arco, é o que permite o disparo: o movimento da flecha. Quanto maior a oposição, maior a realização, ou ainda, quanto maior organização do que é expresso através das palavras, por exemplo, maior a coerência das mesmas.
A comunicação é sempre engendrada, porém, é preciso lembrar que, engendrar, construir é disparar, fazer surgir. Devido às variáveis intervenientes que permitem expressá-lo, nem sempre o espontâneo é o legítimo.
 Vivenciar a intimidade, o encontro com o que está diante, dispensa representações, dispensa explicações, não tem distância a ser preenchida, é percebido sem prolongamentos de pensamentos, sem palavras, sem desenhos e gestos.
Quando a comunicação se refere ao que já passou ou ao que se imagina poder acontecer, a memória - a volta para o passado - cria o devir expresso na comunicação. Neste sentido, a comunicação é sempre denotativa. Por isso ela se torna perigosa, enganosa e demagógica. 
Relacionada ao presente, ela é descritiva, pleonástica, ultrapassa sua função denotativa. Ser onomatopaica lhe confere a dimensão de expressão instantânea de vivência e é a partir disto 
que se constroi como sinal, signos referenciados e assim a Babel está criada, seja no universo das línguas, seja na escala individualizada das expressões vivenciais significativas.
Ao apreender e descrever os significados do pensamento - prolongamento das percepções - são possibilitados resgastes vivenciais para que as narrativas, as histórias sejam compartilhadas. 


Assim, comunicar é criar parâmetros, conceitos e contextos que possibilitem encontros ou escondam desencontros.
 As narrativas são verdadeiras quanto mais mentiras sejam neutralizadas, quanto mais se expressa e menos se comunica, no sentido de que elas são contadas independente de quem as ouve.
 Relatos são descrições ou relatos são instrumentos para atingir e cooptar o outro. Para comunicar é preciso estar integrado com o comunicado, quase que transformar-se na 
Psicologia, Filosofia e Arte
comunicação. Só assim ela deixa de ser uma ponte, um artefato e passa a unir o separado, o distante.
Nas artes, nas ciências e filosofias, quando conceitos e limites metodológicos são coerentemente estabelecidos e estruturados, quando pensamentos continuam percepções contextualizadas, 
quando existe integração entre o comunicador e o que ele expressa, a comunicação revela.
Fonte Vera F.de Almeida Campos/imagens retirada google

Erik Söderberg: GIFs


Top
Aqui estão algumas GIFs alucinantes de Erik Söderberg a transfixar você;
Postado por
 Maisie Skidmore, Quinta-feira 27 de novembro, 2014
Há algo deliciosamente científica sobre GIFs de Erik Söderberg, porém firmemente eu lembre-
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se que eles são compostos por milhares de pixels. A maneira repetitiva pulsam e fizz tranquilamente na tela me leva de volta a uma dupla Biologia em uma manhã de quinta-feira, 
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assistindo em fascinação shellshocked como células vivas minúsculos mutar em uma pequena faixa de vidro sob um microscópio, e grandiosamente imaginando-me para ser o segundo vinda de Louis Pasteur.
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Eles não são nada do tipo, é claro, mas há um certo empate com a noção de uma imagem criada exclusivamente para a finalidade de prazer estético, também. Na verdade, Erik é um artista multi-disciplinar que atua em vários gráficos e desenho em 3D.
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 "No início de 2011 eu estava explorando as relações de geometria, natureza e do ser humano em uma série de 25 imagens que eu chamei Experience Fractal", explica ele. "Esta é a parte 
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dois - continuando a exploração de formas geométricas, padrões e fractais com um elemento adicional -. Espaço-tempo"
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 O know-how técnico necessário para criar imagens digitais em movimento a este nível avançado merece reconhecimento, e estamos mais do que feliz em dar a ele.

O CHÁ E A INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS via Lucas Tavares

Assim como o café, o chá movimentou muitas nações mundo afora – no Brasil, existe até um viaduto em homenagem a bebida. Mas você sabe dizer o que ela tem a ver com a independência dos Estado Unidos
 da América?

O cha e a independencia dos Estados Unidos   O chá e a independência dos Estados Unidos

 A resposta é simples: tudo! Em 1770, o país ainda era uma colônia inglesa e as ervas da Camellia sinensis tiveram um papel importante na reversão deste quadro
Na época, os EUA eram apenas 13 colônias sob o domínio da Inglaterra e as relações com eles não eram das melhores. Conforme cita Cristina Ruiz no livro O chá, a coroa inglesa resolveu piorar um pouco mais as coisas ao criar a chamada Lei do Chá – que, assim como as leis do Açúcar e do Selo, culminou com uma grande alta nos impostos sobre as ervas.
Não bastando, a única autorizada a comercializar o chá por lá era a Companhia das Índias Orientais.
 Além de vender um produto de pior qualidade, o grupo ainda tirava das mãos dos próprios comerciantes locais o poder de lucrar com esta venda.
As medidas inglesas, somadas com a insatisfação da população com a coroa, desencadearam uma série de revoltas por todo o território. Um dos mentores destes protestos era o famoso 
John Hancock, que junto de dezenas de comerciantes e contrabandistas de chá protagonizou a chamada “Festa do Chá de Boston”.
Hancock e os outros revoltosos se pintaram como índios “pele-vermelha”, nativos do país, e resolveram invadir todos os navios da Companhia das Índias Orientais com um objetivo: destruir todo o carregamento de chá dentro das águas geladas do porto de Boston.
Mesmo que de forma indireta, este ato marcou a chamada Revolução Americana, que mais tarde conseguiu com que a Declaração da Independência dos Estados Unidos fosse assinada em 4 de julho de 1776 – um marco da nova fase livre do país.
Quem diria que o chá tivesse papel tão importante na história da terra do Tio Sam?
ilustração Re Bittencourt imagens retirada internet