“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo.”
Zygmunt Baumany, sociólogo e filósofo polonês, morreu nesta segunda-feira, aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, onde vivia há anos, segundo informou o jornal de seu país de origem, Gazeta Wyborzca
Zygmunt Baumany, sociólogo e filósofo polonês, morreu nesta segunda-feira, aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, onde vivia há anos, segundo informou o jornal de seu país de origem, Gazeta Wyborzca
Era considerado um dos intelectuais mais importantes do século XX, tendo se mantido ativo e trabalhando até os últimos momentos de sua vida.
O emérito sociólogo polonês Zygmunt Bauman nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán. Ele principiou sua trajetória acadêmica na Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a deixar a academia, em 1968, ao mesmo tempo em que sua obra era proibida neste país.
Sem muitas perspectivas, o sociólogo abandonou sua pátria e partiu para a Inglaterra, depois de passar pelo Canadá, EUA e Austrália. No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, permanecendo neste posto por pelo menos vinte anos. Aí ele teve contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento, o filósofo islandês Ji Caze.
Grande parte de sua obra já foi traduzida no Brasil. Seus livros são povoados por idéias sobre as conexões sociais potenciais na sociedade contemporânea, nesta era comumente conhecida como pós-modernidade.
Os estudos sociológicos lhe permitem refletir sobre a angústia que reina nos sentimentos humanos, emoção despertada pela pressa de encontrar o parceiro perfeito, sempre mantido como meta ideal, nunca como realidade concreta.
Os estudos sociológicos lhe permitem refletir sobre a angústia que reina nos sentimentos humanos, emoção despertada pela pressa de encontrar o parceiro perfeito, sempre mantido como meta ideal, nunca como realidade concreta.
As pessoas desejam interagir, buscam a vivência do afeto, mas não querem se comprometer.
É o que Bauman chama de amor líquido, vivenciado em um universo marcado pelos laços fluidos, que não permanecem, não se estreitam, desobedecem à lei da gravidade, ou seja, à ausência de peso.
O que provoca a famosa 'insustentável leveza do ser', preconizada pelo escritor tcheco Milan Kundera.
Bauman crê que os relacionamentos a dois não podem se desenrolar à parte da cena social, das regras do jogo estabelecidas pela sociedade global.
Nada pode, segundo ele, fugir deste complexo panorama, do moderno fenômeno conhecido como globalização.
Aliás, este autor é também famoso por suas agudas pesquisas sobre os vínculos entre os tempos modernos, o Holocausto e o frenético consumo da era pós-moderna.
Nada pode, segundo ele, fugir deste complexo panorama, do moderno fenômeno conhecido como globalização.
Aliás, este autor é também famoso por suas agudas pesquisas sobre os vínculos entre os tempos modernos, o Holocausto e o frenético consumo da era pós-moderna.
Para o sociólogo, a fluidez dos vínculos, que marca a sociedade contemporânea, encontra-se
inevitavelmente inserida nas próprias características da modernidade, discussão esta que está perfeitamente retratada nas primeiras obras do autor.
É impossível fugir das consequências da globalização, com suas vertiginosas ondas de informação e de novas idéias.
Tudo ocorre com intensa velocidade, o que também se reflete nas relações entre as pessoas.
É impossível fugir das consequências da globalização, com suas vertiginosas ondas de informação e de novas idéias.
Tudo ocorre com intensa velocidade, o que também se reflete nas relações entre as pessoas.
No Brasil é possível encontrar pelo menos dezesseis de seus livros traduzidos para o português, todos pela Jorge Zahar Editor.
Entre eles os principais são
Amor Líquido, Globalização: as Conseqüências Humanas e
Vidas Desperdiçadas. Em 1989 ele conquistou o prêmio Amalfi, por sua publicação Modernidade e Holocausto; em 1998, obteve a premiação Adorno, pela totalidade de sua obra.
Bauman lecionava nas Universidades de Leeds e de Varsóvia.
Entre eles os principais são
Amor Líquido, Globalização: as Conseqüências Humanas e
Vidas Desperdiçadas. Em 1989 ele conquistou o prêmio Amalfi, por sua publicação Modernidade e Holocausto; em 1998, obteve a premiação Adorno, pela totalidade de sua obra.
Bauman lecionava nas Universidades de Leeds e de Varsóvia.
Bauman era criador do conceito de "modernidade líquida", – uma etapa na qual tudo que era
sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”.
imagens retiradas google, ilustrada regina bittencourt.
sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”.
imagens retiradas google, ilustrada regina bittencourt.
Com licença, Regina. Vou levar. Triste notícia.
ResponderExcluir