O jeans já foi atualizado e reinventado tantas vezes, que faz sentido se questionar se ainda é possível ser criativo com ele. O cenário atual, no entanto, tem mostrado que sim. Há, de fato, algo novo no ar.
Alguns estilistas que capturaram a essência camaleônica do tecido conseguiram criar um novo frenesi ao redor do jeanswear ao mesclar estilos de décadas passadas a elementos que até então não eram tão valorizados. Pense na Gucci e seus bordados vintage e as calças de Demna Gvasalia na Vetements. Elas parecem retalhos unidos e fazem parte da vontade do estilista de celebrar o que costuma ser renegado.
No Brasil, a inovação fica por conta dos tecidos tecnológicos que agradam as consumidoras que desejam peças cada vez mais confortáveis e duráveis, e não uma moda passageira. “O jeans é um dos tecidos mais versáteis da moda, e isso se aplica perfeitamente a um país grande e diverso como o nosso”, explica a estilista Juliana Jabour, atual diretora criativa da Lez a Lez, sobre a paixão nacional pela peça. “Desde o seu surgimento, a calça jeans se adaptou muito bem ao nosso mercado, e com a inovação constante das empresas têxteis no País, hoje temos tecidos para os mais diversos climas e situações”. A marca, por exemplo, que tem um grande foco em jeanswear, usa em várias de suas criações um tecido especial, criado a partir do fio Emana, da Rhodia, que entre diversos benefícios melhora até a microcirculação sanguínea. “A tecnologia está cada vez mais alinhada à moda, e vemos isso em tecidos inteligentes, modelagens que se adaptam ao corpo de qualquer pessoa e em lavagens diferentes. Estamos apenas no começo de uma grande evolução no mercado jeanswear”, aponta Jaqueline Devegili, responsável por todo o setor de denim na etiqueta.
O skinny lidera as prateleiras por aqui, mas há quem se esforce para provar que ainda existe muito a ser mostrado em modelagens. Afinal, em um país com tanta tradição e qualidade em jeanswear, não existe motivo para limitações. “Vejo que a mulher brasileira se importa muito em valorizar as curvas, mesmo tendo muitas opções de shapes diferenciados”, observa Jaqueline. “Acredito que ela seja capaz de se libertar nesse quesito, e nós também podemos incentivá-las a nem sempre mostrar ou até mesmo desejar desenhar essas curvas”.
Renata Buzzo,
Marcelo Von Trapp,
Tom Martins,
Rafaella Caniello,
Leandro Benites, Andre Boffano e Sam Santos são os sete jovens talentos que acreditam nessa ideia e foram convidados pela ELLE a reinterpretar o jeans da Lez a Lez, usando esse tecido especial, e confirmar, sem amarras, que é possível ser muito criativo com o material.
fonte via ELLE
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