O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida…
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo…
Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma…
Vão dar em parte nenhuma!
(Poema publicado originalmente no livro Canções, retirado de Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 131) –FONTE A magia da poesia
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