domingo, 15 de março de 2015

Dia 15 de março via Cora Rónai

Ao contrário do que supõe o ex-presidente Lula, que imagina um país dividido entre "nós" e "eles", o Brasil não é binário. Não somos ricos ou pobres, brancos ou negros, burgueses ou trabalhadores, bons ou maus, reacionários ou esclarecidos, de direita ou de esquerda; somos tudo isso, e mais todas as variações possíveis entre esses tantos pontos. Por isso as manifestações de hoje foram tão interessantes de se ver, e tão diferentes das Diretas Já, em que todos, absolutamente todos, queríamos a mesma coisa.
Ficheiro:Diretas Já.jpg
Foi muito mais fácil ir às Diretas Já. Não havia pluralidade alguma lá; não havia muito o que pensar. Artistas e políticos estavam do mesmo lado, faziam comícios com os quais concordávamos cem por cento. Havia uma palavra de ordem única, que estava presa na gargante de todos. Todos os nossos amigos pensavam da mesma forma, e não vivíamos a amargura de nos vermos divididos dentro de uma mesma tribo, de uma mesma família.
Não tivemos qualquer dúvida em relação às Diretas Já; tivemos todas as dúvidas em relação às manifestações de hoje. Faria sentido nos manifestarmos contra o governo sendo contra o impeachment? Não correríamos o risco de virar massa de manobra de políticos mal intencionados? Não seria perigoso ir a uma manifestação onde poderiam aparecer elementos ultraconservadores?
Sem uma pauta fechada e sem lideranças políticas para dar o tom, cada um foi com a sua cabeça, as suas dúvidas e as suas próprias ideias.
foto PM

Às manifestações compareceram, essencialmente, os que estão contra o governo. Mas há mil razões para se estar contra este governo, e mil formas de se manifestar isso. Foram para as ruas as pessoas que quiseram apenas mandar um recado à classe política, uma espécie de "Veja lá!", e as que desejam ardentemente o impeachment da presidente; foram as que não aguentam mais a corrupção, as que se cansaram da violência, as que não suportam mais impostos tão altos. 
Foram as que estão contra o judiciário e as que querem uma ampla reforma ética para moralizar o país. Foram até algumas que se cansaram da democracia e que querem a volta dos militares. Houve de tudo, e recortes isolados permitem qualquer leitura.
Mas as manifestações foram, acima de tudo, uma grande lição de Brasil. Ela será bem aproveitada se soubermos olhar com sabedoria para este espelho múltiplo e plural -- e, sobretudo, se os nossos governantes não se blindarem do que lhes disseram as ruas desqualificando os manifestantes como burgueses brancos elitistas manipulados pela mídia golpista.
imagens google e facebook

ILLUSTRATION NOW! FASHION - JULIUS WIEDEMANN

ILLUSTRATION NOW! FASHION
Este livro apresenta magníficas criações na área de ilustração de moda, de 90 artistas de todo o mundo, incluindo Ruben Toledo, Aurore de La Morinerie , Bil Donovan , Tanya Ling e Jean- Philippe Delhomme. O livro inclui citações de grandes especialistas do mundo da moda.

A graça do perdão não é forçada, Osho


A graça do perdão não é forçada, desce dos céus como uma chuva fina sobre o solo: abençoada duplamente, abençoa a quem dá e a quem recebe. 
0_908d4_ff3f10eb_XL (700x553, 145Kb)
É mais forte que a força: ela guarnece o monarca melhor que uma coroa. 
mújeres, flores y color / limeunhee
O cetro mostra a força temporal, atributo de orgulho e majestade, onde assenta o temor devido aos reis, mas o perdão supera essa imponência. 
0_908c1_ba99ca13_XL (700x537, 256Kb)
É um atributo que pertence a Deus, e o terreno poder se faz divino quando, à piedade, curva-se a justiça.
imagens google

PAÍS MELHOR PARA TODOS... Hino Nacional Brasileiro