sábado, 23 de maio de 2015

Estaria morta a minha alma?de Charles Baudelaire



“Chegaste a este ponto de entorpecimento que não te alegras senão com teu próprio mal. Se é assim, fujamos, então, para os países que são as analogias da morte. Já sei o que devemos fazer, pobre alma! Nós faremos nossas malas para Tornéo.
 
mais longe da vida, se é possível; nos instalaremos no pólo. Lá o sol não roça senão obliquamente a terra, e as lentes alternativas da luz e da noite suprimem a variedade e aumentam a monotonia, essa metade do nada.

Lá nós poderemos tomar longos banhos de trevas, enquanto que para nos divertir as auroras boreais nos enviarão, de vez em quando, seus fachos róseos, como reflexos de fogos de artifício .....!”

Enfim, minha alma explodiu e sabiamente gritou para mim: “Não importa onde! Não importa onde! Desde que seja fora desse mundo!”
imagens retirada facebook rafaelita

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