domingo, 24 de janeiro de 2016

À VIDA da poeta russa Marina Tsvetaeva

À VIDA
Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.

Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.
Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,

Curva o pescoço o cavalo
Árabe -

E abre a veia da vida.
(Trad. Haroldo de Campos)
Marina Tsvetaeva

 publicou seus primeiros poemas aos 16 anos. Opôs-se violentamente à Revolução de Outubro e exaltou em versos o Exército "Branco". Deixou a Rússia em 1922, a fim de se reunir ao marido, que fora oficial "branco" na Guerra Civil. Suas relações com os emigrados "brancos" foram, porém, se deteriorando, chegando ao rompimento total.
Concisos, ásperos, severos, de uma severidade que se alterna com certa tendência para o fluente e o musical, seus versos são certamente dos mais belos e realizados da poesia russa deste século. 

Deixou também reminiscências, crônicas, etc.

 Sua obra é acessível apenas em parte, quer na União Soviética, quer no Ocidente.
imagens google

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