"A garota ainda tinha um gato e tocava violão. Quando o sol estava muito forte, lavava os cabelos e, na companhia do gato, um bichano ruivo e rajado, sentava-se na escada de incêndio, dedilhando o violão enquanto o cabelo secava. Sempre que ouvia a música, eu ia em silêncio até a janela. Ela tocava muito bem, e às vezes cantava. Cantava no tom rouco e quebrado de um rapaz.
Conhecia todos os sucessos musicais, Cole Porter e Kurt Weill; gostava especialmente das canções de 'Oklahoma!', que, por serem a novidade daquele verão, eram ouvidas em toda parte.
Mas certas canções me intrigavam - onde ela as havia aprendido? de onde essa moça vinha? Canções andarilhas, duras e sentimentais, com letras que cheiravam a pinheiro ou a pradaria. (...) muitas vezes continuava a cantá-la mesmo quando o cabelo já estava seco, com o sol posto e as janelas luzindo no crepúsculo."
O Deus das Pequenas Coisas, para ela prolífica produção de escrever sobre temas que vão desde as alterações climáticas à guerra, os perigos do desenvolvimento do mercado livre, e a defesa dos pobres, a voz de Roy tornou-se indispensável para milhões em busca de um mundo melhor. Ela foi agraciado com o Prêmio Lannan Cultural Freedom em 2002, o Prêmio da Paz de Sydney, em 2004, eo Prêmio Norman Mailer para Writing Distinguished em 2011.
"Fico mais que feliz em responder às perguntas. Acho que a coisa mais notável e maravilhosa sobre a Índia é o fato de que nós temos os mais notáveis movimentos de resistência. [.
Temos as pessoas mais pobres do mundo resistindo contra as corporações mais ricas, pondo seus corpos na linha de frente, perguntando ao mundo as questões mais profundas que não podem ser postas ao mundo, que são:
Redefinir o significado de civilização.
Redefinir o significado de felicidade.
Redefinir o significado de modernidade.
Quanto ao fato de que se eu estivesse na China, eu não teria o direito de falar, que se a Índia não fosse uma democracia, eu não teria o direito de escrever, é verdade, mas não estamos numa competição de tragédias. Mas o que eu gostaria de dizer quanto à liberdade de expressão na
Índia é: vocês podem imaginar, há alguns anos, em 2002, houve um massacre contra a comunidade muçulmana. Esqueçam o que está acontecendo na Caxemira, onde 70 mil pessoas foram assassinadas em nome da democracia, mas falando sobre o [estado de] Gujat, houve um massacre no qual cerca de 2 mil muçulmanos foram assassinados, mulheres estupradas por gangues, gente queimada viva, 150 mil pessoas expulsas de suas casas.
Num dos casos, um representante muçulmano, chamado Assan Jaffry, estava abrigando muitos muçulmanos em sua casa, porque ele era membro de uma assembleia legislativa e as pessoas acharam que ele estaria protegido das 20 mil pessoas que se agruparam [para atacá-los]. Mas as pessoas se juntaram.
Ele chamou a polícia, chamou a Sonia Ghandi, chamou todos os que ele tinha que chamar, mas ninguém ajudou. Ele disse aos agressores: façam o que quiserem comigo, mas deixem em paz as mulheres e as crianças.
Ele foi agarrado, lhe cortaram seus braços e pernas, e o queimaram vivo. Outras 65 pessoas foram mortas.
Alguns anos depois, as pessoas que fizeram isso confessaram diante das câmaras o feito, nesta “grande” liberdade de expressão que temos. Foi veiculado pela televisão. Gente como Babu Bajangi que apareceu orgulhoso dizendo quantos muçulmanos tinha matado.
Gente ostentado o fato de ter estuprado muitos muçulmanos, pessoas descrevendo nos mínimos detalhes como Assan Jaffry tinha sido sacrificado. Tudo na nossa mídia livre.
E nada aconteceu. Teve gente que disse que isso foi usado pelo primeiro-ministro para ter até mais popularidade junto aos eleitores hindus.
Então, a situação que temos é que A ELITE ESTÁ FUNDIDA COM O ESTADO, agora, e acredita ser o estado.
Nós que falamos essas coisas, AMAMOS NOSSOS RIOS, NOSSAS MONTANHAS, AMAMOS A MÚSICA DO NOSSO PAÍS. AMAMOS TUDO ISSO. E NÃO FALAMOS COM UMA ATITUDE DE ÓDIO. MAS COM UMA ATITUDE DE AMOR ABSOLUTO. POR ISSO LUTAMOS COM TANTA FORÇA.
SE NÃO HOUVESSE BELEZA A SER PRESERVADA, ABSOLUTA ADORAÇÃO, NÃO ESTARÍAMOS LÁ. Eu estaria vivendo em algum Mayfair Gardens… LUTAMOS PORQUE
AMAMOS [A ÍNDIA]. LUTAMOS PARA PRESERVAR SUA NATUREZA E A BELEZA DA IMAGINAÇÃO, QUE AINDA EXISTE E ESTÁ VIVA NA ÍNDIA, E QUE FOI PERDIDA EM TODOS OS OUTROS LUGARES.
É por isso que lutamos. Então, por favor, não venha me pregar um sermão dizendo que odeio o meu país, porque eu não o odeio." http://www.weroy.org/
Nem o mau tempo deixou de empolgar Brasília neste domingo (23/11) para ver de perto o ex-beatle Paul McCartney. Com mais de uma hora de atraso, o astro subiu ao palco no Mané Garrincha pouco depois das 21h, ao som de Magical mistery tour. Nos dois últimos shows, ele abriu com Eight days a week. Segundo a assessoria, o Estádio Nacional recebeu 46 mil pessoas.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do show, o atraso foi porque a banda estava esperando todos os fãs entrarem para começar. Eles também disseram que a chuva colaborou para o atraso e reconheceram a demora. No entanto, segundo eles, Paul já estava no Estádio Nacional desde cedo e não se atrasou nem para a passagem de som.
Leia mais notícias em Diversão e Arte Durante toda a apresentação, que durou quase três horas horas, Paul interagiu com o público ao falar palavras em português. Logo no início, cumprimentou Brasília: "Oi, Brasília. Boa noite, brasilienses. Esta noite vou falar um pouco de português, mas mais inglês", disse Paul.
E pouco tempo antes de cantar We can work it out, brincou: “Isso aqui está bombando”. Antes de começar a tocar Here today, Paul lembrou de John Lennon: "Essa é para meu amigo John."
As 46 mil pessoas presentes aplaudiram de pé ao fim de Hey Jude. Paul começou a se despedir antes de sair para o primeiro bis e o público continuou cantando a faixa. A apresentação seguiu com dois
retornos animados do artista ao som de Day tripper e Yesterday. O show acabou às 23h50 com chuva