quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Miles Davis mudou a face do jazz como a conhecemos

Há muitos bons músicos, é evidente, mas poucos são originais. O trabalho de base há que fazê-lo com o som.
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 O som é sua voz, você tem que encontrá-lo. Tocam billetes originais, sem dúvida, mas não têm um som próprio. Não é muito difícil tocar notas originais. O som, é outra questão. O som representa um mesmo.
(foto  Aaron Rapoport/Corbis)
 Mira, escúchame: à primeira nota me reconhece, não?, Você sabe que sou eu. Isso é o som. Cada qual tem trabalhar sua originalidade, as suas raízes.
 Às vezes, quando me escuto, parece-me que sonhar demasiado banal, demasiado branco, bem que volto a trabalho. É algo muito exigente. Neste momento, os saxofonistas não procuram um som próprio. Ou não o encontram. 
Todos copiam o som de coltrane. Há muito poucos sons originais na música criativa. Muito perfeccionismo, isso sim, muita reprodução, mas muito pouco som próprio. O som só pode surgir do grupo, há que se esforçar muito. Agora há muita competitividade, uma espécie de rivalidade desportiva. Se procura a perfeição para fazer dinheiro, mas não há som. O som, o desenho, a roupa que tenho sobre o cenário, faz parte da mesma coisa, é a busca de um só cor. Tudo contribui para a expressão do que você é. (Milhares Davis).

Miles Dewey Davis Jr foi um trombetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano. Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimento

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